Lamentações 2 Nova Bíblia Viva Português - NBVP
Leia Online o capítulo 2 de Lamentações na Nova Bíblia Viva Português - NBVP. Inclui todos os versículos da bíblia e pode ser ouvido em forma de áudio.
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As nuvens da ira do Senhor cobriram Jerusalém. Lançou por terra a glória e o esplendor de Israel que se elevava para os céus, e não se lembrou do estrado dos seus pés no dia da sua ira.
O Senhor não teve pena; destruiu todas as casas de Israel. Na sua ira, ele derrubou todas as fortalezas da filha de Judá. Jogou por terra o reino de Judá e humilhou os seus príncipes.
Ardendo de indignação, ele acabou com a força de Israel. Retirou a sua proteção na hora do ataque do inimigo. Ele foi como um fogo ardente, queimando toda a terra de Israel.
Como um inimigo, preparou o seu arco; como um adversário, firmou a sua mão direita. Ele usou toda a sua força para matar os jovens formosos do seu povo. A ira do Senhor foi como um fogo sobre a tenda da cidade de Sião.
É verdade, o Senhor atacou Israel como se fosse seu inimigo. Derrubou violentamente os palácios e as fortalezas. Deixou os habitantes da filha de Judá chorando e gemendo de tristeza e dor.
O Senhor destruiu a sua morada com violência, como se desmancha um canteiro de jardim. O lugar onde o povo de Deus se reunia foi destruído e o Senhor fez o povo esquecer as suas festas religiosas e os sábados. Cheio de ira, rejeitou o rei e o sacerdote.
O Senhor não deu importância ao seu altar e abandonou o seu santuário. Ele entregou os palácios de Jerusalém nas mãos dos inimigos de Israel, e estes gritaram de alegria na casa do Senhor, como os judeus faziam nos dias de festa.
O Senhor decidiu derrubar os muros da cidade de Sião. Mediu e marcou exatamente o que devia ser destruído. Ele fez gemer o muro e o antemuro e os derrubou.
Os portões de Jerusalém já não servem para nada. As trancas foram quebradas pelo Senhor. Os reis e príncipes de Jerusalém agora são escravos em países distantes, onde ninguém conhece ou respeita a lei do Senhor. Os seus profetas já não recebem visões do Senhor.
Os anciãos de Jerusalém se sentam na terra, em silêncio, vestidos de pano de saco e jogam terra sobre as cabeças. As moças de Jerusalém abaixam a cabeça até o chão.
Já chorei tanto que não tenho mais lágrimas; a minha alma está atormentada e o meu coração está apertado de dor, vendo a desgraça que aconteceu ao meu povo. As crianças e bebês desfalecem pelas ruas da cidade.
Eles pedem às suas mães, chorando: “Onde está o pão e o vinho?” Eles desfalecem pelas ruas da cidade, como os feridos, e derramam a sua alma nos braços de suas mães.
Ah, Jerusalém! Que posso dizer a seu favor? Com que posso compará-la? Com quem a assemelharei, para consolá-la? É impossível; nunca houve no mundo um sofrimento igual ao seu. A sua desgraça é tão grande como o mar; quem poderá socorrê-la?
Os seus “profetas” tiveram visões falsas e insensatas. Eles não mostraram a você os seus pecados. Se tivessem feito isso, você não seria escrava hoje. Em vez disso, as suas mensagens eram falsas e enganosas.
Quem passa perto de Jerusalém, bate palmas, balança a cabeça e diz, zombando: “Esta é a cidade que era conhecida como a mais bela do mundo e a alegria de toda a terra?”
Todos os seus inimigos zombam de você; eles assobiam, e rangem os dentes, e dizem: “Finalmente destruímos Jerusalém! A hora da vingança, que nós tanto esperávamos, chegou! Nós vimos a destruição de Jerusalém com os nossos próprios olhos!”
Mas isso tudo foi obra do Senhor. Ele planejou a destruição de Jerusalém. Ele cumpriu as promessas de castigo que tinha feito há tanto tempo. Ele destruiu Jerusalém, sem piedade. Deixou que os inimigos de Jerusalém se alegrassem com a sua desgraça; exaltou o poder dos seus adversários.
Agora o povo chora e se lamenta perante o Senhor. Muros da cidade de Sião, que as lágrimas corram como um rio; chorem, chorem sem parar, chorem de dia e de noite! Não se permita nenhum descanso.
Levantem-se no meio da noite e chorem, gritem ao seu Deus. Derramem o seu coração como água diante do Senhor. Levantem a ele as suas mãos, e peçam que ele salve os seus filhinhos; supliquem para que não morram de fome pelas ruas e esquinas da cidade.
“Senhor, olhe e considere! Veja, é ao seu próprio povo que o Senhor fez acontecer tudo isso! Será que as mães vão ter de comer seus próprios filhos, que criaram com tanto amor? Será que os profetas e sacerdotes serão mortos dentro do templo do Senhor?
Veja os moços e velhos espalhados em meio ao pó das ruas; rapazes e moças, mortos pelas espadas do inimigo. O Senhor matou toda essa gente, no dia da sua ira. O Senhor os matou sem piedade.
O medo que eu sinto e a destruição que eu vejo, foi o Senhor que trouxe, de todos os lados: nesse dia terrível, o dia da sua ira, ninguém conseguiu escapar. Os meus filhinhos, que criei com tanto carinho, foram mortos pelo inimigo.