Jó 15 Bíblia Nova Almeida Atualizada - NAA

Leia Online o capítulo 15 de Jó na Bíblia Nova Almeida Atualizada - NAA. Inclui todos os versículos da bíblia e pode ser ouvido em forma de áudio.

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Segundo diálogo

Caps.15—21

Segunda fala de Elifaz

Cap. 15

A sua própria boca o condena

Então Elifaz, o temanita, tomou a palavra e disse:

“Será que um sábio

daria respostas vazias?

Será que encheria a si mesmo

de vento leste?

Argumentaria com palavras

que de nada servem

e com razões

das quais nada se aproveita?

Mas você destrói

o temor de Deus

e diminui a devoção a ele devida.

Pois o que você fala

se inspira em sua iniquidade,

e você adota a língua dos astutos.

A sua própria boca o condena,

e não eu;

os seus lábios dão testemunho

contra você.”

“Será que você é

o primeiro homem que nasceu?

Por acaso, você foi formado

antes dos montes?

Será que você ouviu

o conselho secreto de Deus

e detém toda a sabedoria?

O que você sabe,

que nós não sabemos?

O que você entende,

que nós não entendemos?

Também há entre nós

homens idosos

e de cabelos brancos,

muito mais velhos

do que o seu pai.”

“Você faz pouco caso

das consolações de Deus

e das suaves palavras

que dirigimos a você?

Por que você se deixa levar

pelo seu coração?

Por que os seus olhos flamejam,

para que você dirija

contra Deus o seu furor?

E por que deixa que tais palavras

saiam de sua boca?”

“Que é o homem,

para que seja puro?

E o que nasce de mulher,

para ser justo?

Eis que Deus não confia

nem nos seus santos!

Nem os céus são puros

aos seus olhos,

quanto menos o homem,

que é abominável e corrupto,

que bebe a iniquidade

como a água!”

O ímpio é atormentado todos os dias

“Escute o que eu vou explicar;

vou contar-lhe o que eu vi,

o que os sábios anunciaram,

sem ocultar nada,

tendo-o recebido dos pais deles,

aos quais somente foi dada

esta terra,

sem que nenhum estrangeiro

passasse entre eles.”

“O ímpio é atormentado

todos os dias,

no curto número de anos

que se reservam

para o opressor.

O som dos horrores

está nos seus ouvidos;

na prosperidade lhe sobrevém

o destruidor.

Não crê que possa escapar

das trevas,

e sim que a espada o espera.

Anda vagando, em busca de pão,

dizendo: ‘Onde está?’

Bem sabe que o dia das trevas

está perto.

A angústia e a tribulação

o assombram;

prevalecem contra ele,

como o rei preparado

para a batalha.

Porque ele levantou a mão

contra Deus

e desafiou o Todo-Poderoso;

arremete contra ele

obstinadamente,

protegido por um grosso escudo.

Porque cobriu o rosto

com a sua gordura,

que se acumulou também na cintura;

morou em cidades assoladas,

em casas em que ninguém

devia morar,

que estavam prestes a virar ruínas.

Por isso, não ficará rico,

nem subsistirá a sua riqueza;

nem se estenderão os seus bens

pela terra.

Não escapará das trevas;

a chama do fogo

secará os seus rebentos,

e ao sopro da boca de Deus

será arrebatado.

Que ele não confie na vaidade,

enganando a si mesmo,

porque a vaidade

será a sua recompensa.

Esta lhe chegará antes da hora,

e o seu ramo não reverdecerá.

Será como a videira

que perde as uvas ainda verdes,

como a oliveira que deixa cair

a sua flor.

Porque a companhia dos ímpios

será estéril,

e o fogo consumirá

as tendas do suborno.

Concebem o mal

e dão à luz a iniquidade;

o coração deles

só prepara enganos.”