Ester 2 Bíblia Almeida Século 21 - A21

Depois desses acontecimentos, passada a indignação do rei Xerxes, ele se lembrou de Vasti e do que ela havia feito, e do que ele havia decretado a respeito dela.

Então os que serviam o rei sugeriram a ele: Que se achem moças virgens e bonitas para o rei.

Que o rei nomeie oficiais em todas as províncias do reino para que levem todas as moças virgens e bonitas para a cidadela de Susã. Ali permanecerão no harém, que está sob a responsabilidade de Hegai, oficial do rei, e ficarão sob seus cuidados. E que recebam tratamento de beleza.

E que a moça que mais agradar ao rei seja feita rainha no lugar de Vasti. A proposta agradou ao rei, e assim foi feito.

Nessa época, certo judeu da tribo de Benjamim, chamado Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, vivia na cidadela de Susã.

Ele havia sido levado de Jerusalém para o cativeiro por Nabucodonosor, rei da Babilônia, entre os exilados levados com Jeconias, rei de Judá.

Mardoqueu era pai de criação de sua prima Hadassa, também conhecida como Ester, pois ela não tinha pai nem mãe. Ester era uma moça muito bonita e atraente, e Mardoqueu a havia adotado como filha.

Depois que a ordem e o decreto do rei foram proclamados, muitas moças foram levadas para a cidadela de Susã e confiadas a Hegai. Ester também foi levada para o palácio do rei e colocada sob os cuidados de Hegai, responsável pelo harém.

E a moça lhe agradou, pelo que ele a favoreceu. E logo providenciou-lhe tratamento de beleza e comida especial, além de sete moças escolhidas do palácio do rei. Então, ele a transferiu com as suas moças para o melhor lugar no harém.

Mas Ester não havia revelado a qual povo e família pertencia, pois Mardoqueu a havia proibido de fazê-lo.

Todos os dias, Mardoqueu passava diante do pátio do harém para se informar de como estava Ester e do que lhe acontecia.

Antes de apresentar-se ao rei Xerxes, cada moça passava por um tratamento de beleza prescrito para as mulheres, com duração de doze meses: seis meses com óleo de mirra e seis meses com perfumes e cosméticos.

Assim, quando se apresentava ao rei, a moça recebia tudo que quisesse levar consigo do harém para o palácio do rei.

Entrava lá à tarde e voltava pela manhã para a outra parte do harém, que ficava sob os cuidados de Saasgaz, oficial do rei, responsável pelas concubinas. Ela não voltava mais ao rei, a não ser que ele se agradasse dela e mandasse chamá-la pelo nome.

Quando chegou sua vez, Ester, filha de Abiail, tio de Mardoqueu, que a havia adotado como filha, não pediu nada além do que sugeriu Hegai, oficial do rei, responsável pelo harém. E Ester agradava a todos que a viam.

Ela foi levada ao rei Xerxes, à residência real, no décimo mês, o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.

E o rei amou Ester mais do que todas as mulheres, e ela conquistou sua aprovação e seu favor mais do que todas as virgens. Por isso, ele lhe pôs a coroa real sobre a cabeça, e a fez rainha no lugar de Vasti.

Então o rei ofereceu um grande banquete a todos os seus príncipes e aos que o serviam, em honra de Ester. Decretou feriado em todas as províncias e ofereceu presentes de acordo com a generosidade real.

Quando as virgens foram reunidas pela segunda vez, Mardoqueu estava sentado à porta do palácio real.

Porém Ester, conforme a ordem de Mardoqueu, não havia revelado a ninguém a qual família ou povo pertencia, pois continuava a obedecer às ordens dele como quando era criada sob sua tutela.

Naqueles dias, quando Mardoqueu estava sentado à porta do palácio real, Bigtã e Teres, dois oficiais do rei que guardavam a entrada, revoltaram-se e conspiraram para tirar a vida do rei Xerxes.

Mas Mardoqueu tomou conhecimento disso e revelou o plano à rainha Ester. E ela contou tudo ao rei em nome de Mardoqueu.

Depois de investigada a informação e de se descobrir que era verdadeira, os dois foram enforcados. Tudo isso foi registrado no livro das crônicas, diante do rei.