Atos 16 Bíblia Almeida Século 21 - A21

E chegou também a Derbe e Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego;

e os irmãos em Listra e Icônio davam bom testemunho dele.

Paulo queria que ele o acompanhasse; tomou-o, então, e o circuncidou, por causa dos judeus que viviam na região; porque todos sabiam que seu pai era grego.

À medida que passavam pelas cidades, entregavam aos irmãos as decisões que haviam sido tomadas pelos apóstolos e presbíteros em Jerusalém, para serem obedecidas.

Dessa forma, as igrejas eram firmadas na fé, e a cada dia cresciam em número.

Atravessaram a região frígio-gálata, mas foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.

Quando chegaram perto da Mísia, tentavam ir para a Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu.

Então, passando pela Mísia, desceram para Trôade.

De noite, Paulo teve uma visão; nela, em pé, um homem da Macedônia suplicava-lhe: Vem para a Macedônia e ajuda-nos.

E quando ele teve essa visão, logo procuramos partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho.

Navegando de Trôade, fomos em linha reta para a Samotrácia, e no dia seguinte para Neápolis.

De lá fomos para Filipos, colônia romana e a cidade mais importante desse distrito da Macedônia. Ali ficamos alguns dias.

No sábado, saímos da cidade para a beira do rio, onde julgávamos haver um lugar de oração. E, sentados, falávamos às mulheres ali reunidas.

Uma das mulheres que nos ouviam, chamada Lídia, vendedora de tecidos de púrpura, da cidade de Tiatira, era temente a Deus. O Senhor lhe abriu o coração para acolher as coisas que Paulo dizia.

Depois de batizada com as pessoas de sua casa, ela nos suplicou: Se me considerais crente no Senhor, entrai e permanecei em minha casa. E nos compeliu a isso.

Aconteceu que, quando íamos ao lugar de oração, veio ao nosso encontro uma jovem que tinha um espírito adivinhador e que, adivinhando, dava grande lucro a seus senhores.

Seguindo Paulo e a nós, ela gritava: Estes homens são servos do Deus Altíssimo. Eles vos anunciam o caminho da salvação.

Ela fez isso por muitos dias. Mas Paulo, já aborrecido com isso, voltou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo que saias dela. E na mesma hora ele saiu.

Quando viram que a esperança do seu lucro havia desaparecido, seus senhores prenderam Paulo e Silas e os arrastaram para a praça, perante as autoridades.

E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, que são judeus, estão perturbando a nossa cidade.

Eles divulgam costumes que a nós, romanos, não é permitido acatar nem praticar.

A multidão investiu contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as roupas, mandaram espancá-los com varas.

Depois de espancá-los muito, colocaram-nos na prisão, ordenando ao carcereiro que os guardasse com segurança.

Tendo recebido essa ordem, ele os colocou na prisão interna e prendeu-lhes os pés ao tronco.

Por volta de meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam.

De repente, houve um terremoto tão intenso que os alicerces do cárcere foram abalados, e logo todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram.

O carcereiro acordou e, vendo abertas as portas da prisão, sacou a espada para suicidar-se, supondo que os presos haviam fugido.

Mas Paulo gritou para ele: Não te faças nenhum mal, porque estamos todos aqui.

Ele pediu luz, correu para dentro e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas.

Levando-os para fora, disse: Senhores, que preciso fazer para ser salvo?

Eles responderam: Crê no Senhor Jesus, e tu e tua casa sereis salvos.

Então pregaram a palavra de Deus a ele e a todos os que eram de sua casa.

E, levando-os consigo, naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os ferimentos; e logo foi batizado, ele e todos os seus.

Então os fez subir para sua casa, pôs a mesa para eles e alegrou-se muito com toda a sua casa, por haver crido em Deus.

Quando amanheceu, os magistrados mandaram soldados com a seguinte ordem: Soltai aqueles homens.

E o carcereiro transmitiu a Paulo essas palavras: Os magistrados mandaram que fôsseis soltos. Agora, pois, saí e ide em paz.

Mas Paulo lhes respondeu: Sendo nós cidadãos romanos, espancaram-nos publicamente sem termos sido condenados e nos colocaram na prisão. Agora, às escondidas, mandam-nos sair? De modo nenhum! Que venham eles mesmos e nos soltem.

E os soldados foram dizer isso aos magistrados, os quais ficaram com medo quando souberam que eles eram romanos.

Então, vieram, pediram-lhes desculpas e, levando-os para fora, suplicavam que se retirassem da cidade.

Eles saíram da prisão e foram para a casa de Lídia. Ao verem os irmãos, os encorajaram e, depois, partiram.